Projetos

Claudia Boatti compreendeu, inspirada na obra de Paulo Freire sobre os oprimidos e os opressores, que a verdadeira libertação dos oprimidos deveria começar com uma mudança profunda na maneira como os mesmos são vistos por aqueles que os rodeiam.

Motivada por um profundo compromisso social, levou as Capacitações em Movimentos Essenciais a presídios, hospitais, escolas, tribunais, programas para comunidades indígenas, com um propósito claro: deixar evidente o que acontece quando mudamos a forma como a sociedade olha e atende as pessoas com direitos.relegados.

Os projetos foram realizados em estreita colaboração com os gestores e funcionários das diferentes instituições que participaram nas Capacitações ou Workshops temáticos sobre Movimentos Essenciais.

O objetivo fundamental foi conscientizar sobre o efeito do nosso olhar sobre os demais e gerar uma mudança na forma como estes agentes olhavam para essas pessoas.

Andrea Mello Pontes

Professora da UFPA em Belém do Pará

PRECEDIÓ DE BELEM DO PARÁ

A perspectiva dos agentes penitenciários em relação aos presos mudou e eles passaram a colaborar com seu trabalho.

Antes de os agentes realizarem a capacitação em Movimentos Essenciais, a relação das internas com os agentes penitenciários era tensa, travada e  revestida de agressividade, o que dificultava o relacionamento e o trabalho dos agentes. Com a capacitação em Movimentos Essenciais, os agentes perceberam uma mudança na forma como olhavam e se relacionavam com as internas. O olhar que era permeado por preconceitos, julgamentos, críticas e rejeição  mudou para um mais compassivo e respeitoso. Se deram conta de que agora conseguiam olhar para elas como pessoas, além de presidiárias, e elas passaram a colaborar com o trabalho deles.

A Diretora  do Centro de  Recuperação Feminino CRF, Carmen Botelho e outros diretores técnicos da então  SUSIPE participaram da Capacitação em Movimentos Essenciais para Agentes Penitenciários em 2017, A Capacitação foi conduzida por Cláudia Boatti com apoio  de Andrea Mello Pontes.

Graça Darling

Sociólogo- atua em 30 comunidades indígenas na Bahia.

COMUNIDADES INDÍGENAS

Notei a mudança na postura dos indígenas. De curvados, como se estivessem recebendo um favor, passaram a uma postura erguida, de dignidade recuperada.

Ocuparam o lugar que lhes cabia: reconheceram a própria força para serem agentes de transformação da sua própria realidade. 

Graça Darling, socióloga, trabalha em 30 comunidades indígenas na Bahia. Articula o acesso de mais de 500 índios às políticas públicas no estado, atuando como uma ponte entre os programas e projetos do governo e as comunidades.

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